terça-feira, 31 de março de 2009

Como perdoar

Minha filha, se por teu intermédio peço aos homens o culto à Minha misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distingui-te pela confiança na Minha misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para Comigo. Deves mostrar-te misericordiosa com os outros, sempre e em qualquer lugar. Tu não podes te omitir, descupar-te ou justificar-te. Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é a ação, a segunda a palavra e a misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por Mim. É deste modo que a alma glorifica e honra a Minha misericórdia. Sim, o primeiro domingo depois da Páscoa é a Festa da Misericórdia, mas deve haver também ação, e estou exigindo o culto à Minha misericórdia pela solene celebração desta Festa e pela veneração da Imagem que foi pintada. Por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras. Ó meu Jesus, Vós mesmo me ajudai em tudo, porque vedes como sou pequenina. Conto unicamente com a Vossa bondade, ó Deus.
Diário de Sta Faustina nº 742


Como perdoar

O coração que sabe viver o perdão é um coração curado. Precisamos mergulhar neste mistério para descobrirmos a alegria do verdadeiro perdão.
"Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á".
(cf. Luc 6, 36-38a)
Perdoar o irmão significa se reconciliar comigo mesmo. Perdoar não é esquecer, pois isso não seria humano. Quando somos feridos, lembramo-nos do ocorrido, e o perdão só acontece quando me reconcilio com a situação vivida.

Quantas vezes ouvimos pessoas à nossa volta dizerem: "Eu quero perdoar, mas não consigo"? Temos de compreender que o perdão não é um simples ato, mas um processo, e se não entramos neste processo, enganamo-nos a nós mesmos.

Será que precisamos perdoar somente àquelas pessoas que temos como inimigas? Não! Temos de perdoar a todos, pois a convivência gera situações difíceis, nas quais ofendemos ou até mesmo magoamos àqueles a quem amamos.

Precisamos perdoar, mas sabendo que este ato não significa colocar "debaixo do tapete" as verdades que existem em nosso coração.
Constantemente, estamos avaliando e decidindo coisas e situações em nossa vida. Para perdoar, precisamos ter motivação para fazê-lo, pois, do contrário, apenas nos enganamos. A falta de perdão é um mal que gera conseqüências primeiramente em nós mesmos.

Tenho de perdoar, porque, antes de tudo, o perdão é um ato de justiça a Deus. Tenho de perdoar, porque sou e me sinto amado. E isso exige que eu morra para minhas vontades, para nascer para Cristo

É preciso fundamentar minha decisão de perdoar, caso contrário, não conseguirei conceder o perdão. O que alimenta minha caminhada é essa decisão sincera. Tenho de perdoar, porque não quero morrer nem me afastar da graça do Senhor.

Temos uma história, temos traumas. Temos verdades em nossa história que são alcançadas pela misericórdia de Deus.

Só conseguimos perdoar quando unimos nosso coração ao do Senhor. É preciso superar e viver a humildade e os princípios do Evangelho.

Você sabe o que precisa para perdoar? Eis os passos:

- Decidir-se;
- Entender;
- Unir-se a Deus;
- Superar.

Pegue a primeira letra de cada um destes passos e você saberá de quem você realmente precisa: D-E-U-S.

Permita-se viver a dor, pois quanto maior ela for, maior será também seu esforço e, conseqüentemente, maior ainda a graça de Deus em sua vida.

Quer repouso no Senhor? Então aprenda com Ele a experiência da mansidão e da humildade. Dê a Deus o seu coração machucado e ferido, pois Ele une sua dor ao coração d'Ele e n’Ele é possível dar passos.
Diácono Fabiano Moura

sábado, 28 de março de 2009

Senhor, conceda-nos a graça do perdão!


ABENÇOADO FINAL DE SEMANA !!!
"Meu coração quer ir aonde meu Deus está escondido,Onde dia e noite permanece conoscoEnvolvido na Hóstia branca.Meu coração quer ir aonde meu Senhor Se esconde,Onde seu amor é imolado,Mas meu coração sente que aí está a água viva.É o meu Deus vivo, embora o esconda o véu."
Diário de StªFaustina 1591

Senhor, conceda-nos a graça do perdão!
A história do povo de Deus é uma história de amor e perdão. No alto da cruz, Jesus não escolheu a quem perdoar. Ele perdoou ao bom ladrão e a todos os que zombavam d’Ele na cruz, até mesmo aos que O crucificaram:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,34)
Da mesma forma, não temos o direito de escolher as pessoas a quem queremos perdoar, porque Jesus não fez acepção de pessoas. Não podemos dizer: “A este eu perdôo, mas àquele não”. Ou “Isso eu perdôo, mas aquilo não” Ou ainda “Desta vez eu perdôo, mas é a última...” Temos a tendência de excluir o nosso irmão diante de suas fraquezas e falhas. Não reconhecemos que também nós estamos sujeitos a cometer os mesmos erros ou até piores.
Quando estamos sofrendo, nós mostramos quem realmente somos. Daí colocamos para fora nossa aspereza, nosso azedume, nossa má vontade...Somos rudes e cruéis até. Reivindicamos nossos direitos como injustiçados. Apelamos para a desforra: queremos pagar o mal com o mal. Mostramos o quanto nosso coração é mau.
Sabendo disso, o inimigo de Deus investe pesado na dispersão dos filhos de Deus, semeando a discórdia e a desunião. O que ele quer é inflamar o nosso orgulho para que assumamos a postura de juízes e não reconheçamos os nossos próprios erros. O mundo nos ensina a ser justiceiros e vingativos. Mas nosso Deus, que é misericordioso e justo, nos convida a viver amando e perdoando.
O perdão é gratuito. Nós, porém, acabamos cobrando para perdoar. Quando uma pessoa nos pede perdão, queremos que ela se dobre aos nossos pés, se humilhe diante de nós pedindo perdão, para só então lhe conceder o perdão. Só que isso não é perdão, é humilhação! É desforra. É exigir retratação, pois o perdão é gratuito. A pessoa errou conosco, ela é devedora...mas nós devemos perdoá-la gratuitamente: sem exigir nada em troca, porque o perdão é um dom de Deus. É o Senhor que nos dá a graça de perdoar, mas somos nós que precisamos nos decidir a concedê-lo. Portanto, a graça do perdão vem de Deus e a decisão de perdoar vem de nós
Contudo, não é fácil perdoar por causa do pecado original que está em nós e devido ao nosso coração duro. Somente a misericórdia de Deus pode nos abrir para isso. Por isso, reze assim:
“Senhor, concede-me a graça de perdoar e de me abrir ao perdão. Não quero ficar alimentando mágoas, ressentimentos, rancores em meu coração. Devolve-me a capacidade de amar e perdoar. Arranca-me das trevas, Senhor, invade-me com teu Santo Espírito e faz em mim uma obra nova. Concede-me um coração contrito e humilhado.
Amém”

quinta-feira, 26 de março de 2009

Além de tudo que passei, sou obrigado a perdoar?


"Não me importo com todos os poderes do Mundo e de todo o inferno; tudo tem que desabar diante do poder do Seu Nome. Deposito tudo em Vossas mãos, ó meu Senhor e meu Deus. Único Guia da minha alma, guiai-me de acarodo com os Vossos eternos desígnios." (Diário de Sta Faustina nº858)


Além de tudo que passei, sou obrigado a perdoar?

Todos nós passamos por situações dolorosas que nos marcam muito. Por isso, ficamos magoados. São situações que envolvem pessoas, instituições, acontecimentos... Pode ser até que tenhamos nos magoado com Deus!

Quantas vezes perguntamos: "Por que Deus fez isso? Por que Ele me colocou nesta família? Por que me tirou um ente querido? Por que levou para longe alguém que eu tanto amava?" São tantos os porquês... São situações que não aceitamos. Não conseguimos entender e, por isso, ficamos magoados com Deus. Talvez até pensemos que nosso motivo é justo.

Mas veja bem: esse "ficar sentido com Deus" é como um coágulo dentro das veias do nosso coração: ele impede o fluxo de sangue. A falta de perdão impede a graça de Deus. Por isso, Deus quer libertar! Quer "arejar a casa". Jogar fora o lixo significa colocá-lo aos pés da cruz de Jesus, para que possa ser queimado. O lugar desse lixo não é seu coração, é o pé da Cruz de Jesus. Não é seu coração, é o coração de Jesus.

Esse convite ao perdão não é uma imposição. Você poderia dizer: "Além de tudo que eu já passei, ainda sou obrigado a perdoar?!" Não! Deus quer lhe dar a graça de retirar de seu coração tudo o que está estragado.

É preciso viver o perdão em sua plenitude. E para viver bem essa proposta é preciso ter fé e confiança em Deus. Infelizmente acabamos separando as duas coisas. Compreenda: são graças que se complementam. Uma é ligada à outra. A fé nos leva à confiança; e a confiança, para existir, exige a fé.

Fonte: CN

quarta-feira, 25 de março de 2009

''Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento"

''Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento"

Temos o perdão como um fardo, como algo impossível de se viver. É o próprio inimigo que suscita esse pensamento em nossa mente. Ele faz com que guardemos raivas, mágoas, ressentimentos... Essa é a tática que ele usa para acabar com a nossa família, nosso grupo e nossa comunidade.Não somos capazes de imaginar o mal que a falta de perdão gera. Infelizmente, acabamos guardando dentro de nós o mal que as pessoas nos fazem.O ressentimento é como a ferrugem que vai nos corroendo aos poucos e, quando percebemos, já fomos tomados por ela. Porém, quando perdoamos, Deus mesmo preenche nosso coração com o Seu amor e passamos a experimentar a paz que tanto sonhamos.São Paulo nos ensina em sua carta: ''Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento'' (Ef 4,26).Somos todos frágeis! Se reconhecêssemos e admitíssemos nossas limitações, seria mais fácil perdoar o irmão e compreender suas fraquezas. Portanto, não tenha medo de falar para Jesus de sua dificuldade de perdoar; o quanto é difícil para você admitir que é capaz de cometer os mesmos erros e as mesmas falhas dos outros.
O Senhor conhece o seu coração, mas espera que você fale das suas dificuldades. Temos de ser verdadeiros com Deus.
Fonte: CN

terça-feira, 24 de março de 2009

Cura interior


Cura interior
Oferece o perdão, recebe a paz

Como saber se eu preciso de cura interior? Onde preciso de cura interior? Se o médico é cuidadoso em fazer um diagnóstico do seu paciente, muito mais nós precisamos ter cuidado com o diagnóstico das nossas emoções e as das pessoas. A cura interior é importante e necessária: precisamos ser curados! Deus quer nos curar plenamente.
Por meio da cura somos restaurados em nossa personalidade. A cura interior é a chave para a cura plena da pessoa. Cada dia é um dia de surpresas que o Senhor nos reserva para colher Dele mesmo o caminho de cura que necessitamos trilhar. Podemos confiar e nos abrir sem medo à ação do Espírito Santo, Ele trabalha para o nosso bem, nosso crescimento e nossa cura. Todos nós temos uma história de vida. Essa história é a chave para nos conhecermos melhor e trilharmos um caminho, tanto de cura como de crescimento.
Muitas pessoas acreditam que precisam buscar somente a cura, porém, também se faz necessário preparar o coração para trihar o caminho de crescimento. Daí a necessidade de olharmos para a nossa história e verificar nosso caminho para cura interior. Precisamos trilhar um caminho de reconciliação com a nossa história. Não precisamos ter medo de olhar para ela. Deus quer caminhar conosco por essa mesma história para curar. Para que a libertação aconteça, é necessário existir o perdão e a reconciliação, porque “quantos sofrimentos fazem padecer a humanidade por não saber reconciliar-se, e quantos atrasos por não saber perdoar!
Uma verdadeira paz torna-se possível somente com o perdão” (João Paulo II). É necessário nos reconciliarmos com Deus, com o outro, conosco, com a nossa história... A Paz é fruto de um coração que se abre ao perdão e à reconciliação.
Ser homens e mulheres de paz é sinal de homens e mulheres curados, libertos pelo poder do Espírito. Seremos portadores e semeadores da paz se tivermos a paz no coração. Deus nos convida, mais do que nunca, a sermos homens e mulheres conduzidos pelo Espírito Santo: “Que prevaleçam os caminhos da justiça e da paz!” (João Paulo II).
Vamos caminhar na ótica do perdão, da reconciliação com Deus, com o outro, com a nossa história, da sadia convivência, dos passos para a verdadeira cura interior, da libertação, da total conformidade com a vontade de Deus.
“Oferece o perdão, recebe a paz” (João Paulo II).
Do livro: “A cura da nossa afetividade e sexualidade”

segunda-feira, 23 de março de 2009

CURA-ME, SENHOR !

Para refletir: QUEM PRATICA O MAL, ODEIA A LUZ !
Deus quer a humanidade redimida do pecado e da morte. Não quer sofrimento nem condenação. Em Jesus, o tempo é favorável, a salvação é possível para todos. Ele é a luz que vem para iluminar e eliminar as trevas. Quem acredita nele e acolhe sua Palavra está salvo. Qem o rejeita, já está condenado. Viver na luz ou nas trevas, depende de cada um de nós. Muitos prefiram as trevas, mas nós podemos hoje escolher a luz, e nela viver. Isso é viver na paz e na justiça.

CURA-ME, SENHOR !

Quando Jesus entrou na sinagoga, num sábado, os fariseus observavam-no para ver se Ele iria curar o homem que tinha a mão seca, pois para os judeus era proibido trabalhar naquele dia. Mas o Senhor, por conhecer seus pensamentos, disse ao enfermo: “Levanta-te, e fica aqui no meio” (Lucas 6,8). Ele se levantou e Jesus disse aos mestres da lei: “Eu vos pergunto: ‘O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca’?” (Lucas 6, 9). O Mestre afirmou isso olhando nos olhos de cada um deles, deixando-os desconcertados. E quando Ele curou a mão daquele homem, os fariseus ficaram furiosos e ali mesmo [na sinagoga] começaram a discutir e a pensar como fariam para destruí-Lo.

Meus irmãos, não só o sábado, mas todos os dias é dia de Deus! Hoje é o dia de você pedir ao Senhor por todas as suas enfermidades, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais, pois Ele está no meio de nós para nos curar. Nós não temos como nos apreender no corpo glorioso de Jesus, porque ele não é visível aos nossos olhos. Mas, para que tivéssemos algo visível, o Senhor se fez corpo e sangue por meio da Eucaristia.

Peça ao Senhor que Ele venha, no momento da comunhão, curar o que está “seco” em você, assim como Ele curou aquele homem que estava com a mão seca. Onde está o seu problema? Na coluna, no baço, nos ouvidos, brônquios? Seja o que for, para Deus nada é impossível e com Jesus tudo pode ser mudado pela oração. É o seu coração, são as suas artérias que estão entupidas? O que é que está “seco” em você?

Diga agora ao Senhor: “Meu Deus, cura-me (diga ao Senhor onde você precisa ser curado)”. Se você não puder comungar eucaristicamente, faça-o espiritualmente, porque, seja qual for a parte do seu corpo que estiver enferma, Ele pode curá-la. Talvez esta cura não seja sua, mas para alguém próximo a você. Seja um câncer ou outra doença qualquer, você pode comungar e pedir, na oração, que Jesus cure a pessoa portadora de tal enfermidade. Se você sofre com a doença de alguém, a quem você ama, peça ao Senhor: “Cure-o (a), Senhor (diga o nome da pessoa que precisa ser curada)”.

“Eu creio que ao tocá-Lo, Senhor, serei curado. Cura-me, meu Deus!”

Pode ser que a sua doença não seja física. Talvez você precise curar a sua alma, o seu espírito. Se você é uma pessoa ressentida, rancorosa, frustrada e decepcionada, saiba que esses sentimentos são “tóxicos”, pois acabam com você como se fossem soda cáustica. Diga ao Senhor: “Salve-me, eu não posso e não quero estar com essa doença. Sei que o Senhor pode me curar. Vou insistir para que o Senhor opere essa cura”.

Observe se a sua doença não é causada por algum pecado, um vício. Não importa qual seja o problema, pois todo pecado é como um nódulo cancerígeno. E não o queremos para nós nem para nenhum de nossos entes queridos. O pecado é traiçoeiro como o câncer ou como a AIDS, a qual deixa as pessoas sem imunidade, de modo que não elas têm como se defender. Assim também é o pecado. Peça ao Senhor que o liberte desse vício, porque Ele pode curar tudo e qualquer coisa, porque tudo é possível para aquele que crê. Tudo é possível a mim porque creio.
Hoje, quero proclamar Contigo: tudo pode ser mudado pela força da oração!

Fonte: Monsenhor Jonas


domingo, 22 de março de 2009

Amar tem poder de renovação


Amar tem poder de renovação
Como posso amar o próximo se ainda não me amo?

Se quiser ser de Deus, terá que viver as duas vias do Senhor: ‘Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo’.
O que você entende por esta palavra 'amor'?
É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca. Os poetas sempre tentaram decifrar esse sentimento, mas nunca conseguiram. Assim como Luiz de Camões em seu célebre poema: ‘O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer’.
O amor não se poetiza. Quantas vezes o sentimos e não sabemos onde realmente dói. O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.
Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, as que não damos valor e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar?
Como posso descobrir esse convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, eu lhe proponho que acabe com os 'achismos' do amor. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor. Pois, muitas vezes, em nome dele [amor], nós fazemos absurdos: seqüestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões.
O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que ele tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro que nos motiva a ser melhores. É o amor com suas clarezas e suas confusões...
Muitas vezes, em nome do amor tratamos as pessoas como ‘coisas’.
Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos de entrar como Ele: agregando valores. Caso contrário é melhor que fiquemos de fora, porque você é um território que merece respeito.
Na passagem da sarça ardente (cf. Ex 3,2ss ) Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo, mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos; e se estamos esgotados é porque amamos ‘de menos’. Vamos ficando sem o vigor; mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro. Quantas vezes você passou noites inteiras acordado pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor... Amar o outro é levar prejuízo.
Você vai saber o que é o verdadeiro amor quando você se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados por ele, mas não de amá-lo.
Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas em sua busca correm atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Todos estão querendo saber o que é o amor e todos estão precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado.
Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as carrega até o dia de hoje. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si própria, pelo respeito por si mesma. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo se ainda não me amo?
Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos irão agradecer por você se amar. Quando o amor nos atinge, somos mais felizes. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim.
Volte a gostar de você !

Pe. Fábio de Melo

quinta-feira, 19 de março de 2009

O 'sim' da conversão

19/MARÇO
SÃO JOSÉ, ROGAI POR NÓS !!!



O 'sim' da conversão
A renúncia de uma vida de ilegalidade

Converter-se é deixar de viver longe de Deus. Sair do estado de perdição, deixar o pecado. Não somente o ato mau em si, mas o estado que resulta dele, o estado da perda da salvação e o sentimento de inimizade contra Deus. O passar a viver e estar longe de Deus. Conversão consiste em voltar para o Senhor com todo o coração, retomar o caminho das suas veredas.
A conversão é um conceito complexo, que significa uma profunda mudança de coração sob o influxo da Palavra de Deus. Essa transformação interior exprime-se nas obras e, por conseguinte, na vida inteira do cristão. A conversão significa a vitória sobre o velho homem que está enraizado (a existência carnal) e o começo de uma vida nova (a vida no Espírito) criada e governada pelo Espírito de Deus. É um fato que na História da Salvação, após o pecado original, cada vez que Deus vai ao encontro do homem para com ele dialogar, o faz para provocar nele a conversão do coração.
Não basta renunciar somente a um ato mau, nem a um hábito pecaminoso. Precisa-se ir ao centro da existência: todo o coração e todo o procedimento devem ser mudados. O afastamento de Deus somente termina quando o próprio Senhor se achega pessoalmente do homem.
A conversão, como saída do estado de pecado, de ausência de Deus e de perda da salvação, está unida à aceitação incondicional da soberania divina. Reconhecendo que se praticou o mal, que se tem necessidade de Redenção e de uma transformação completa.
Quem realmente se converte, submete-se de boa vontade à lei divina. Renuncia à vida de ilegalidade. Converter-se é deixar de viver na injustiça. Quem se converte reconhece o quanto deve a Deus e esforça-se por Lhe dar a devida honra. Todo pecado cria um estado permanente de sonegação de justiça para com Deus. É uma inimizade habitual, uma injustiça. É uma recusa permanente de dar ao Senhor a glória que Lhe pertence e de prestar ao Pai a obediência e o amor filial. A conversão tira-nos desse mísero estado. Supõe uma renovação integral do coração.
Converter-se é deixar de viver na mentira. Quem se converte afasta-se da mentira. O pecado é mentira. Por isso, a conversão requer uma mudança total de mentalidade, um espírito novo, o Espírito da Verdade. A conversão é um 'sim' à verdade.
Conversão é a volta à casa do Pai e a entrada no Reino de Deus. Passagem das trevas do pecado para a luz da Graça. O caminho que Deus aponta conduz a uma conversão séria e autêntica do coração. Deus apela para a liberdade humana e que a íntima conversão desta liberdade é obra Sua.
A conversão se inicia no momento em que Deus se digna de derramar “o espírito de graça e de preces” (cf. Zac 12, 10). Porém, nossa conversão não se realizará sem o 'sim' de nossa liberdade.
A conversão culmina, – é próprio da essência dela –, em um novo nascimento, num renascimento do alto, de Deus. A volta à casa do Pai é a reintegração nos direitos de filho. Não é algo que se processa unicamente no exterior, mas é uma ação interior, uma modificação vital, um nascimento pelo Espírito. Para o homem, a conversão é, pois, infinitamente mais que o simples fato negativo de se livrar da escravidão do pecado, porque para Deus, o converter-se é infinitamente mais que perdoar pecados, é fazer o dom de uma vida nova. O homem torna-se filho de Deus.
O único modo efetivo de descobrir sempre mais a própria identidade é o árduo, mas consolador, caminho da conversão sincera e pessoal, com um humilde reconhecimento das próprias imperfeições e pecados; e a confiança na força da ressurreição de Cristo. Essa transformação interior exprime-se nas obras e, por conseguinte, na vida inteira do cristão.
Fonte:Padre Reginaldo

terça-feira, 17 de março de 2009

Perdoar sempre é amar

Perdoar sempre é amar

O segredo é perdoar
Caridade é dar-se inteiro a alguém que não merece
Para perdoar os outros devemos sempre nos lembrar de como Deus nos perdoou em Cristo. Devo perdoar quem me ofendeu não porque eu seja bom ou a pessoa seja boa. Devo perdoar não porque a pessoa mereça ser perdoada. Afinal de contas, se formos tentar saber se a pessoa tem ou não tem a culpa, se fez aquilo consciente ou inconscientemente, acabaremos por cair no murmúrio, até porque naquele momento nosso coração está ferido e machucado e, numa situação assim, ninguém consegue pensar corretamente. Logo, para evitar qualquer possibilidade de alimentar a mágoa, o segredo é perdoar imediatamente. E perdoar como o Senhor nos perdoa. Para isso é preciso revestir-se da caridade.
Caridade não é dar alguma coisa a alguém. Isso é filantropia. Caridade é dar-se inteiro a alguém que não merece! Foi isso que Jesus fez por mim e por você. Foi isso que Jesus fez pela humanidade inteira. Ele se ofertou, inteiramente, a todos, inclusive àqueles que estavam sendo usados para crucificá-lo: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem" (Lc 23,34).
Jesus, na cruz, nos ensina um dos grandes segredos para a cura do ressentimento: Declarar o perdão! Independentemente do fato de o outro merecer, eu preciso perdoar e declarar o perdão. Ao rezar ao Pai pedindo que perdoasse aqueles que o estavam matando, Cristo nos ensinou uma oração de cura do ressentimento para ser usada em todas as circunstâncias, inclusive naquelas em que não estamos conseguindo perdoar. Ao pedir ao Pai que perdoasse aquelas pessoas, Jesus nos ensinou a contar com o Pai nas situações mais difíceis de nossa vida. Mostrou-nos que o Pai está sempre pronto a nos ajudar a perdoar. Ensinou-nos também que, quando não conseguimos perdoar, devemos pedir ao Pai que perdoe em nosso lugar. Mas está implícita também, na oração do Senhor, a verdade de que toda ofensa dirigida a alguém sempre termina por acertar no coração do Pai. Tudo o que fazemos de mal a alguém atinge afinal também o coração do Pai, pois Ele nos ama e nos fez imagem e semelhança d'Ele.
Como imagem e semelhança que somos de Deus, precisamos dar um passo a mais e nos transformar em filhos do Pai do Céu. Só nos tornamos verdadeiramente filhos de Deus quando passamos a agir segundo Deus. Quando não perdoamos, nos assemelhamos ao encardido e aos poucos nos tornamos filhos dele, quando o reproduzimos em nossos sentimentos e depois em nossas atitudes. O filho deve ter a cara do pai. O filho traz consigo o sangue do pai. Se fizer um exame genético no filho, acaba-se por descobrir o pai. Por isso tanta gente faz hoje o exame de DNA.
Quando cheguei a Nagoya, uma das maiores cidades do Japão, vi um jovem com uma camiseta na qual estava estampada a sigla DNA – e sob ela algo que um dia eu disse num acampamento da Canção Nova: Deus, nosso Autor!. Fiquei tão feliz em ver uma frase que tive a inspiração de dizer estampada naquela camiseta. Imagine, então, a alegria de Deus quando vê estampado em nosso coração o amor que Ele semeou em nós. Somente pelo perdão vivido explicitamente é que nos tornamos, de fato, filhos e filhas de Deus. Enquanto não perdoamos, estamos vivendo como se fôssemos adotados pelo encardido. Aliás, muitas vezes, nos comportamos assim.
É preciso perdoar sempre e perdoar especialmente os que não merecem nosso perdão. Esse é o segredo que nos faz agir como filhos e filhas de Deus.
(Trecho extraído do livro "A Cura do Ressentimento" do saudoso padre Léo )

domingo, 15 de março de 2009

O PERDÃO NOS LIBERTA E NOS CURA


O PERDÃO NOS LIBERTA E NOS CURA

Hoje é um dia para você – que é pai e para você que é mãe – perdoar cada filho que precisa do seu perdão. Tenham eles feito o que for, e mesmo que ainda façam algo que os desagrade, peçam a graça do perdão ao Senhor. Perdão é decisão, e mesmo que o coração de vocês esteja ferido por tudo o que eles fizeram, hoje Deus quer lhes dar a graça do perdão. Disponham-se a perdoar seja quem e o que for.

A falta de perdão está acabando com vocês. Mesmo que estejam magoados, feridos, o coração de vocês é de pai e de mãe. Talvez esse filho tenha trazido desonra e isso está acabando com vocês espiritual e psicologicamente. É como soda cáustica, que colocada na boca, já começa a corroê-la [boca]. Espiritual, psicológica e até mesmo fisicamente essa dor está acabando com vocês mesmos em primeiro lugar. Deus está lhes dando a graça de perdoar. Eu peço em nome de Deus: Perdoem-nos.

Perdão não é sentimento, é ato de vontade. Queiram perdoá-los! Realizem o ato da vontade de perdoar. Agarrem essa graça do perdão. E digam do fundo do coração: "Eu te perdôo" (Digam o nome de seu filho, filha). Mesmo que tenham perdido as esperanças na mudança deles – por causa de suas atitudes – perdoem-nos.

Fonte:CN>

quarta-feira, 11 de março de 2009

Igreja perfeita é igual a hospital perfeito


Igreja perfeita é igual a hospital perfeito

Mande embora suas decepções com as pessoas da Igreja! Muitos acabaram se bandeando para seitas à procura de uma Igreja perfeita. Mas isso não existe! A verdadeira Igreja de Jesus é esta, da qual o Senhor falou na casa de Levi:

“Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes. Eu vim chamar não os justos, mas os pecadores, para que eles se convertam.”

Na Igreja de Cristo o que existe são doentes em recuperação. No hospital todo dia sai uma turma de enfermos – saem sãos – e logo já estão entrando outros [doentes].... E sempre há pessoas na fila para entrar. Com a Igreja acontece o mesmo. Portanto, o que vamos encontrar na Igreja de Cristo são enfermos e enfermidades. Você que acabou abandonando a verdadeira Igreja por decepções, em busca de uma Igreja perfeita, volte logo. A única Igreja perfeita está aqui. É a Igreja da qual Jesus falou:

“Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes”.

Essa é a Igreja perfeita, porque hospital perfeito é aquele que tem as suas portas abertas para os doentes... Todos os doentes!

Enquanto os doentes forem doentes, o hospital os conserva. Hospital perfeito não manda embora o enfermo, porque está enfermo. Hospital perfeito não é aquele em que o são fica e o doente, porque ficou doente, é mandado embora. Infelizmente, há quem faça isso. Por isso, eu sou obrigado a dizer para quem faz isso: Essa não é a Igreja de Jesus. Se você foi buscar essa tal “igreja perfeita”, eu lhe digo: essa não é a Igreja perfeita. Igreja perfeita é igual a hospital perfeito. Pois hospital perfeito tem as suas portas sempre abertas para o doente (enquanto este está doente há um leito à disposição, um tratamento adequado; e se, por acaso, ele tem uma recaída a primeira que o hospital faz é recolhê-lo de volta). Hospital perfeito recolhe aqueles que recaem.

Hospital de "recata"! É nesse hospital que eu quero ficar, porque sou “recata” também. Nós temos de ficar nele, porque Maria, a Mãe de Jesus, a grande Enfermeira de Deus, está nos recatando. O “hospital dela” vai ficar cheio de recata. Se você estiver disposto a ficar nele, fique! Do contrário, procure outro. Só que devo lhe dizer: A Igreja de Jesus é esta na qual nós, graças a Deus, estamos e nela vamos ficar.

Fonte:CN>


domingo, 8 de março de 2009

Como viver o tempo da Quaresma?

Como viver o tempo da Quaresma?
Como viver o tempo da Quaresma?
Crie em sua casa ou no seu quarto um ambiente convidativo à oração
A Quaresma é um tempo de graça, um verdadeiro Kairós, tempo da manifestação de Deus. Este tempo tem como característica duas realidades muito importantes:
1. Olhar para Jesus;
2. Conversão.
Neste tempo, somos levados pela Igreja a seguir Jesus em seus últimos momentos de vida para – junto com Ele – aprendermos o que é o amor e a misericórdia. Por diversas vezes, o Senhor vai se revelando como o rosto misericordioso do Pai, assumindo até as últimas conseqüências a vontade do Pai, que é salvar a cada filho. É um caminho de “subida”, não só para Jerusalém, mas até o mais alto grau do amor que se concretiza na cruz.
Jesus, muitas vezes, vai anunciar sua Paixão dizendo que o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado e morto, mas no terceiro dia ressuscitará. Vemos nesses anúncios também o desejo do Senhor de se entregar. Está aí a sua disposição em dar até a própria vida em nosso resgate. Ele não somente falou a respeito do amor que se revela ao dar a vida pelos amigos, mas o fez em sua própria vida. Assim, tornou-se o exemplo mais sublime que devemos seguir para realmente sermos felizes.
Quaresma é também conversão, revisão de vida e mudança de atitude.
Tudo concorre para isso nesse período: a liturgia, os cânticos, as orações. É tempo de olhar para tudo o que temos vivido e como temos vivido: nossos relacionamentos em casa, no trabalho, na escola, nosso relacionamento com Deus. Será que Ele tem sido o nosso tudo? Nossa relação com Ele é de confiança, de intimidade e amor?
Quaresma é tempo do perdão. O profeta Isaías nos diz no capítulo 30, 18: “Em vista disso, o Senhor espera a hora de vos perdoar. Ele toma a iniciativa de mostrar-vos compaixão, pois o Senhor é um Deus justo – felizes os que nele esperam
É um tempo de grande graça. É o Senhor quem toma a iniciativa de nos mostrar compaixão. Em nossas paróquias, além do tempo normal de confissões, temos os mutirões de confissão, celebrações penitenciais. Tudo se torna propício para nossa conversão. Por isso, não podemos perder tempo.
Algumas atitudes nossas podem nos ajudar a mergulhar fundo nessa graça. Por exemplo:
- Aproveite esse tempo para silenciar um pouco, criar um clima de interioridade, evitando músicas muito altas em casa, no quarto; valorizando as que nos levam a uma maior reflexão e oração.
- Separe um tempo do dia para a oração pessoal. Crie em sua casa ou no seu quarto um pequeno altar, ali coloque um crucifixo, uma vela, a Bíblia aberta, para que o ambiente seja convidativo à oração.
- Nas sextas-feiras, se for possível, medite as estações da Via-Sacra. Isso o ajudará a mergulhar no mistério da Paixão do Senhor.
- Durante o tempo quaresmal se proponha a também fazer obras de misericórdia. Por exemplo: visitar um doente, visitar um asilo, levar alguma ajuda concreta a uma família mais carente, como roupas que você já não esteja usando ou alimentos. Tudo isso gerará em seu coração um sentimento de alegria por poder fazer algo de bom a alguém.
- Quaresma é tempo de perdoar e de pedir perdão. Se você tem alguém, a quem precisa perdoar, peça a Deus a graça de conceder esse perdão e se foi você que feriu esse alguém, dê o passo em direção à pessoa e peça perdão. É tempo de reconstruir as pontes de reconciliação.
- A confissão é fundamental nesse tempo, não deixe para a última hora, procure o sacerdote no decorrer da Quaresma para que, auxiliado pela graça desse sacramento, você colha todos os frutos deste tempo.
A Quaresma é entendida como um grande retiro, um retiro de 40 dias, no qual nos voltamos de coração sincero para o Senhor e d’Ele recebemos uma nova vida. O importante é que eu e você tomemos consciência de tudo o que o Senhor deseja realizar em nossas vidas e nos esforcemos para não deixar a graça passar
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Fonte: CN

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quaresma, tempo de se decidir pelo Senhor!


Quaresma, tempo de se decidir pelo Senhor!

Quaresma, tempo de se decidir pelo Senhor!
É tempo de retomar a vida de oração: "Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo" (I Ts 5,17-18).
Sinto que o Senhor nos quer restaurar a partir da nossa vida de oração. Não é questão de orar e cumprir umas determinações quanto à nossa espiritualidade, mas é toda uma retomada de vida em oração. Uma vida de um relacionamento pessoal com Deus. Uma vida de intimidade com o Pai, com o Espírito Santo, com Maria.
Não são simples palavras, preste atenção: é intimidade, é relacionamento pessoal, é vida. Aí está o segredo e a fonte da nossa retomada. Se formos fiéis a retomada acontecerá. Essa retomada é muito simples, é só você buscar fazer todas as coisas com Deus, em Deus e para Deus. São Paulo nos recomenda: "Orai sem cessar" (1Ts 5,17). A oração nos mantém interligados ao coração de Jesus.
Orar sem cessar é manter o coração sempre aberto em colóquio com Deus, em qualquer lugar, em qualquer tempo. Vale a pena retomar nossa vida de oração!
Convido você, hoje, a assumir a proposta do pregador dos exercícios espirituais para o Santo Padre e seus colaboradores: Quaresma é tempo de decidir-se pelo Senhor! Decidir por Ele implica fazer todas as coisas em Sua presença. Ele caminha conosco.
Quaresma é um tempo de peregrinação no interior dos nossos corações, no desejo de mudarmos as nossas atitudes, palavras, pensamentos, ajustando-nos a Jesus, nosso Mestre.
Decida-se hoje por Jesus, dispondo-se a ser melhor como pessoa, como irmão, como pai, mãe, profissional. Vamos fazer tudo por amor a Jesus.

Fonte: CN

domingo, 1 de março de 2009

TEMPO DA QUARESMA

*Aviso:
Link Pe. Fábio - palestra nova
O DIREITO DE ESCOLHER - ACAMP. CARNAVAL 2009
TEMPO DA QUARESMA


Clima de reflexão
"Misericórdia ó Senhor, pois pecamos" (Salmo 50).


Percebam como a Igreja está hoje, a melodia do Salmo é uma melodia triste. O clima da Igreja é este, entramos num clima de reflexão, não é de alegria, gritos, é de tristeza.

Deus é amor, é bom, mas nossas atitudes não são boas diante d'Ele, e a Igreja está dizendo a este Deus que é bom: "Tende piedade". Nós não vamos chegar pulando diante de Deus pedindo perdão, não é tempo dos católicos ficarem dançando com euforia, são quarenta dias de "tristeza". É tempo dos cristãos estarem revestidos de cinzas pedindo a Deus perdão.

'Quaresma é tempo de silêncio'
Por ser quarenta dias, temos a tendência de esquecer. Antigamente se levava mais a sério esse tempo, agora vivemos a quaresma sem esse clima de tristeza.

“Agora, diz o Senhor: "voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos” (Joel 2, 12).

Por que lágrimas? Porque o povo vivia longe de Deus. O pecador vai diante de Deus chorando, quarenta dias de choro, lágrimas.

“Tocai trombeta em Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembléia; congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe o esposo seu aposento, e a esposa, seu leito” (Joel 2, 15-16).

Se reúnam para rezar, Deus está pedindo. É preciso olharmos como estamos diante de Deus.

É preciso fazer penitência. Tem gente que não consegue viver sem música, então faça penitência de não ouvir músicas, ou então escute as músicas da paixão de Cristo para refletir. É tempo de dizer misericórdia, é tempo de pararmos e refletirmos como estamos diante de Deus.

Hoje é dia de jejum, e toda sexta-feira desses quarenta dias devemos fazer jejum. A Igreja é mãe, para quem tem de mais 60 anos ela libera o jejum. Quem está sob prescrição médica não tem como fazer jejum, mas quem tem saúde a partir de hoje é dia de jejum.

O que fazemos no tempo da quaresma?
Existem três práticas que devemos fazer no período da quaresma:

1ª prática é a esmola.
Somos egoístas e pensamos somente em nós, acumulamos muitas coisas e não pensamos naqueles que precisam. Tem mulher que tem tanto sapato guardado, roupas... Na Canção Nova fazemos o retiro da boa morte, na primeira quarta-feira do mês pegamos tudo aquilo que está acumulado e doamos para quem precisa.

2ª prática é o jejum.
Fazemos o jejum, nos abstemos de comer, e o que fazer com a comida que eu não como? Tenho que doar o que eu não como para quem não tem. De repente faço aquele jejum, deixo a comida na geladeira, a comida estraga e depois jogo no lixo. Tem gente que faz penitência de não comer chocolate, mas quando ganha o chocolate, guarda para comer na páscoa, de que adiantou? Precisa doar para quem não tem.

3ª prática é a oração.
Estamos no tempo de rezar. Quem não reza, está na hora de rezar; quem já reza, precisa rezar mais, ler a Sagrada Escritura. Peça ao Espírito Santo para te inspirar.

Precisamos fazer essas coisas porque somos pecadores. Se não tivermos esses quarenta dias de reflexão, vamos achar que está tudo bem na nossa vida. Quaresma é tempo de silêncio. Vamos entrar no clima de oração e reflexão e vamos ver como estamos de verdade.

O Papa Bento XVI fala em sua mensagem da Quaresma: "Comentando a ordem divina, São Basílio observa que "o jejum foi ordenado no Paraíso", e "o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão". Portanto, ele conclui: O 'não comas' é, portanto, a lei do jejum e da abstinência". Resumindo, ele diz que a prática do jejum nos leva a confiar em Deus e a evitar o pecado. O jejum deve nos levar a tomarmos consciência da necessidade do próximo.
Fonte: CN