sábado, 24 de maio de 2008

Corpus Christi


Corpus Christi

O sentido da celebração - Origem da solenidade.
1. O sentido da celebração
Na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, festa comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é, indubitavelmente, o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue, para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas.

Poderíamos perguntar se na Quinta-Feira Santa a Igreja já não faz esta memória da Eucaristia. Claro que sim! Mas na solenidade de Corpus Christi estão presentes outros fatores que justificam sua existência no calendário litúrgico anual. Em primeiro lugar, no tríduo pascal não é possível uma celebração festiva e alegre da Eucaristia. Em segundo lugar, a festa de Corpus Christi quer ser uma manifestação pública de fé na Eucaristia. Por isso o costume geral de fazer a procissão pelas ruas da cidade. Enfim, na solenidade de Corpus Christi, além da dimensão litúrgica, está presente o dado afetivo da devoção eucarística. O Povo de Deus encontra nesta data a possibilidade de manifestar seus sentimentos diante do Cristo que caminha no meio do Povo.

2. Origem da solenidade
Na origem da festa de Corpus Christi estão presentes dados de diversas significações. Na Idade Média, o costume que invadiu a liturgia católica de celebrar a missa com as costas voltadas para o povo, foi criando certo mistério em torno da Ceia Eucarística. Todos queriam saber o que acontecia no altar, entre o padre e a hóstia. Para evitar interpretações de ordem mágica e sobrenatural da liturgia, a Igreja foi introduzindo o costume de elevar as partículas consagradas para que os fiéis pudessem olhá-la. Este gesto foi testemunhado pela primeira vez em Paris, no ano de 1200.
Entretanto, foram as visões de uma freira agostiniana, chamada Juliana, que historicamente deram início ao movimento de valorização da exposição do Santíssimo Sacramento. Em 1209, na diocese de Liége, na Bélgica, essa religiosa começa ter visões eucarísticas, que se vão suceder por um período de quase trinta anos. Nas suas visões ela via um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia.

3. Nasce a festa do Corpus Christi
Quando as idéias de Juliana chegaram ao bispo, ele acabou por acatá-las, e em 1246, na sua diocese, celebra-se pela primeira vez uma festa do Corpo de Cristo. Seja coincidência ou providência, o bispo de Juliana vem a tornar-se o Papa Urbano IV, que estende a festa de Corpus Christi para toda Igreja, no ano de 1264.
Mas a difusão desta festa litúrgica só será completa no pontificado de Clemente V, que reafirma sua significação no Concilio de Viena (1311-1313). Alguns anos depois, em 1317, o Papa João XXII confirma o costume de fazer uma procissão, pelas vias da cidade, com o Corpo Eucarístico de Jesus, costume testemunhado desde 1274 em algumas dioceses da Alemanha.
O Concílio de Trento (1545-1563) vai insistir na exposição pública da Eucaristia, tornando obrigatória a procissão pelas ruas da cidade. Este gesto, além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucarístico, era uma forma de lutar contra a tese protestante, que negava a presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Atualmente a Igreja conserva a festa de Corpus Christi como momento litúrgico e devocional do Povo de Deus. O Código de Direito Canônico confirma a validade das exposições publicas da Eucaristia e diz que ·principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas· (cân. 944).

4. A celebração do Corpo de CristoSanto
Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).
A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).

5. A devoção popular
Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.
A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A cura do mal pela raiz


Um espinho cravado não desaparece simplesmente com o passar do tempo.
Ele precisa ser arrancado

Há psicólogos que dizem que somos o resto da vida, basicamente, pelo que nos ocorreu nos três primeiros meses de nossa gestação.

Lá aconteceram as primeiras e mais marcantes experiências da vida (A primeira impressão é a que fica…);

- Lá éramos bem mais frágeis. (Quanto mais frágil a planta, maior o estrago quando ela for pisada);
- Lá éramos 100% dependentes de nossos pais;
- Lá não tínhamos a quem recorrer quando sofríamos qualquer tipo de ameaça;
- Lá eram os outros que decidiam o que desejavam fazer conosco;
- Lá nossa capacidade de autodefesa era “zero”.
Quando uma árvore está murcha, feia e raquítica, qualquer um percebe que para mudar suas folhas, para que dê melhores flores e frutos é indispensável que se comece adubando e regando suas raízes.
Há um ditado popular que diz: “Cortar o mal pela raiz”. Equivale a dizer: remover as causas e origens daquele mal que se percebe externamente.
Partimos de alguns princípios:
- Toda pessoa é criada boa por Deus; sai das mãos de Deus “sem nenhum defeito de fábrica”; - Até os cinco anos de idade sua base emocional está basicamente estruturada;
- Quando se pisa sobre algum objeto, facilmente se percebe que o estrago depende muito da fragilidade do objeto que é pisado;
- Quando pisa-se sobre uma planta, quanto mais nova e frágil ela for, tanto maior será o estrago;
- Também quanto mais próxima da concepção for a agressão, rejeição e desamor, maior poderá ser o “estrago” sobre a pessoa que está sendo gerada;
- Um espinho cravado não desaparece simplesmente com o passar do tempo. Ele precisa ser arrancado.
Dica de solução:
Procure pesquisar com seus pais, avós, tios e demais pessoas que possam informá-lo como foi seu período de gestação. Procure saber:
- Como era a relação entre seus pais?
- Eles desejavam um filho naquele momento ou simplesmente se conformaram e o aceitaram depois?
- De que sexo eles preferiam que você fosse?
- Qual foi a reação de sua mãe, pai, avós e tios ao saberem de sua existência?
- Como era a situação financeira e de habitação dos seus pais?
- Mais um filho representou uma grande alegria ou um grande peso, atrapalho e despesa a mais?
- Quais foram as principais atitudes de rejeição e desamor que você recebeu, especialmente nos três primeiros meses de gravidez?
Como se curar:
Através do perdão e do louvor você conseguirá “arrancar os espinhos cravados” e curar as feridas causadas desde o momento da concepção.
Se vocês pais foram ocasião para machucar seus filhos, quando mais agora poderão, com a graça de Deus, ser instrumentos de cura. Pois tudo pode ser mudado pela oração!

Padre Alir


domingo, 11 de maio de 2008

Mãe do céu e da Terra


QUE DEUS ABENÇOE TODAS AS MÃES !
Mãe do céu e da Terra
Ó Virgem bendita. Mãe de Jesus Cristo e de todos nós.

A tua coragem foi tão grande, que mulher nenhuma chega a teus pés.
De uma simples Maria: bonita, meiga, retraída e tantas outras qualidades que só tupodes saber, nasceu o nosso Salvador.
Maria, tu és a flor, a rosa que mais sobressai no canteiro.
Senhora de tudo o que possa existir neste mundo, desde as coisas menores até as maisvaliosas.
Virgem Maria, soberana inigualável à mais linda rosa que há no mundo. Igual ànatureza, a qual não se pode explicar.
Hoje é teu dia. Hoje o mundo invoca e louva o teu nome. Um dos dias mais lindos que hána face da Terra, porque tu estás contente.
Minha, sua. Nossa Senhora, tu és a única mulher que soube amar e servir a Deus,quando ele quis necessitar de ti.
Enfim, louvaremos sempre a ti, Maria, pois com o teu testemunho, a paz reina neste lar.
A missão de ser MÃE
é sublime, se for cumprida no dever sagrado e puro que nos coube nesta vida.

Maria, a Mãe da Misericórdia

Jesus é o nosso Intercessor por excelência. Nossa Senhora é a advogada de todos os que recorrem à sua piíssima proteção.

Maria está sempre em prontidão e diante de nossas dores, intercede por nós, mesmo quando não recorremos ao auxílio dela. Verdadeiramente é a Mãe da Misericórdia que não suporta o sofrimento dos seus filhos, sejam eles justos ou injustos. Ela não faz distinção de ninguém, rogando por todos nós e jamais deixando de atender às nossas súplicas, quando estas são da vontade divina. A mesma Maria –, que nas Bodas de Caná apressou a hora de Jesus –, quer alcançar muitas graças para nós. Como o fez nessa festa matrimonial, quando o Senhor disse a Ela: “Que quereis de mim, mulher? A minha hora ainda não chegou” (João 2:4).O mesmo Ela pode fazer por você diante das coisas que considera impossíveis. A Deus tudo é possível e com a intercessão de Nossa Senhora tudo se torna mais fácil, pois Ela recorre ao Senhor. A Virgem Maria quer ser também a advogada em sua vida. A intercessora do seu casamento, da sua casa, do seu trabalho, assim como o fez nas Bodas de Caná e em tantas outras ocasiões. Como Mãe, como Mulher, Ela vê nossas necessidades e as apresenta ao Filho.Ela participou do início ao fim da missão de Jesus na terra, até da hora da morte d’Ele (confira João 19:25ss). Naquele momento, a descendência da mulher estava esmagando a cabeça da serpente, conforme aquilo que Deus havia dito à serpente:“Porei ódio entre ti e a mulher; entre tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).Foi pelo preciosíssimo sangue de Jesus, derramado em obediência ao Pai, que a cabeça da serpente, orgulhosa e soberba, foi esmagada. A vitória de Jesus e da Virgem Maria se deu naquele momento.Deixe-a entrar em sua vida, em sua casa. Ela é a Bendita entre todas as mulheres. Onde Ela entra, entra Jesus.

Monsenhor Jonas

domingo, 4 de maio de 2008


DEUS QUER FALAR COM VOCÊ

Ninguém mais que Nossa Senhora ouviu a Deus

Estamos num mundo marcado por muitos avanços científicos e tecnológicos, e o ser humano, enquanto pessoa, tem ficado esquecido. As pessoas nunca têm tempo; mesmo os que não têm grandes responsabilidades sobre suas costas estão sempre entretidos com alguma coisa, todo mundo corre, quase ninguém pára, e as pessoas já não sabem mais ouvir.

Com a imprensa, o rádio, a televisão e agora também a internet, a quantidade de informações descarregadas sobre cada um é alucinante; em toda parte, há muito barulho, todo mundo fala...o ouvido vai ficar calejado. Fala-se muito de coisas que nos cercam e muito pouco do que está dentro do nosso coração. A verdade é que “desaprendemos” a arte de escutar. Se não conseguimos dar ouvidos à pessoa que está perto de nós, que vemos e que tocamos, como poderemos escutar a Deus, cuja voz não impressiona os tímpanos?

Se um homem deixa o barulho e a agitação do mundo e procura no silêncio o seu descanso, Deus se manifesta para ele. O Senhor prefere se mostrar na suavidade da brisa a se mostrar no estardalhaço do trovão.

Na oração, Deus fala, escuta, mas também tem o que dizer a você, a min, a nós. Deus é o absoluto, quando Ele se manifesta, a melhor oração que podemos fazer é calar. Quando o homem cala, Deus fala.

Assim em nossa oração, devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para nos colocar na presença de Deus, que já estava ali à nossa espera. E quando percebemos que nos aproximamos do Senhor e estamos diante d’Ele, devemos calar porque as palavras já não são necessárias; então podemos contemplar e ser contemplados.

Não temos idéia do quanto Deus nos cura e liberta neste momento de silêncio, quando só o amor transita.

Ninguém mais que Nossa Senhora ouviu a Deus, porque ninguém tanto quanto Ela se calou. Muitos acham que a Virgem Maria não é importante, pois as Sagradas Escrituras mostram que Ela quase não se pronunciou. Não percebem que é justamente aí que reside a importância dela. Quando ninguém deu lugar ao seu Filho para nascer, Ela se calou; entre os doutores e diante da cruz, Ela também se calou. Ela sabia que a vitória que temos sobre o sofrimento está no silêncio. Quem se cala ante o sofrimento guarda só para Deus o perfume desse sacrifício; quem fala, dissipa-o.

Nossa Senhora falou pouco, mas quando abriu a boca a criação estremeceu. João Batista foi um exemplo do que aconteceu com a humanidade.

Que o Espírito Santo nos coloque no coração o desejo de guardar o silêncio sagrado, o mesmo que Maria honrou e guardou – tornando-se a mestra, a educadora de todos os que de longe perceberam a profundidade desse mistério e agora anseiam por penetrá-lo!

Dê-nos, ó Senhor, um anjo para nos guardar neste bom propósito.

(Artigo extraído do livro “Quando só Deus é a resposta”)

Nosso Deus não é um Deus castigador


Nosso Deus não é um Deus castigador

Preciso lhe explicar que a ligação entre pecado e doença não é aquela que a nossa cabeça nos mostra. Quantas pessoas pensam que estão doentes porque Deus as castigou. Quem nunca pensou que as doenças e males da sua vida e do mundo são frutos do castigo divino?O nosso Deus não é um Deus castigador! O que acontece é que infelizmente os nossos pecados, muitas vezes, diretamente já nos causam doenças e problemas. Por exemplo, a pessoa que nutre raiva e rancor acaba com seu fígado, seu estômago, seu sistema circulatório. É uma ligação direta, porque não fomos feitos para odiar.Você entendeu? Não é Deus que nos castigou, mas nós que, ao vivermos sentimentos e atitudes negativas, damos brecha para o inimigo entrar.Por isso, vamos nos decidir: Pecado na minha vida, nunca mais! Se eu pecar, não vou ficar nenhum dia em pecado. Vou reconhecer logo a minha culpa e vou me apresentar ao Senhor. Vou me apresentar ao meu Deus, meu Senhor, que é amor, misericórdia e perdão. E na hora em que eu reconhecer isso e me apresentar a Ele eu serei perdoado. É claro que se for um pecado grave, será preciso passar pelo sacramento da confissão. Dessa forma, eu tenho não somente o perdão de Deus, mas um "documento" que prova que Deus me perdoou. A confissão garante o perdão que você adquire ao reconhecer seu pecado. Não perca tempo. Reconheça-o o mais rápido possível e receba do Senhor a plena purificação dos seus pecados. Apresente-se ao Senhor para viver uma vida nova.

Monsenhor Jonas Abib

Coloque o seu pecado no fogo do amor de Deus


Coloque o seu pecado no fogo do amor de Deus

A coisa mais preciosa que Deus nos deu é a nossa inteligência. Contudo, junto com os nossos pensamentos estão nossos sentimentos e nossas emoções conspirando contra nós.O Senhor nos perdoa, porque faz parte da essência d'Ele ser amor, misericórdia e perdão. E exatamente por essa razão, é só nos aproximarmos d'Ele que essas virtudes já começam a acontecer em nossas vidas. No entanto, enquanto guardamos o pecado para nós e ficamos remoendo o sentimento de culpa, dando justificativas e não tomamos a decisão de nos confessar ao Senhor, ele [pecado] continua em nós. Dessa forma, a verdade não está em nós. E ainda acusamos Deus de nos ter abandonado. Coloque o seu pecado e o seu sentimento de culpa no fogo do amor e da misericórdia de Deus!
Às vezes, somos tolos e não nos perdoamos mesmo depois de já termos sido perdoados. Ficamos nos sentindo sujos com o resto do pecado e essa sujeira fica agarrada em nós, enquanto o nosso Deus é amor, misericórdia! Não ande mais com essa sujeira!
Lave tudo, tire toda a sujeira e todo o resto do pecado que ficou em você, confessando-se e arrependendo-se verdadeiramente.

Monsenhor Jonas Abib