quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Maria, a Mãe da Misericórdia /Nossa Senhora das Graças, rogai por nós !

27/11 - QUINTA-FEIRA
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós !

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém - (Rezar 3 Ave Marias) - Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Oração Final:
Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado filho a humildade, a caridade, a obediência, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, a castidade, uma santa vida e uma boa morte.

Amém.


Maria, a Mãe da Misericórdia
Jesus é o nosso Intercessor por excelência. Nossa Senhora é a advogada de todos os que recorrem à sua piíssima proteção.

Maria está sempre em prontidão e diante de nossas dores, intercede por nós, mesmo quando não recorremos ao auxílio dela. Verdadeiramente é a Mãe da Misericórdia que não suporta o sofrimento dos seus filhos, sejam eles justos ou injustos. Ela não faz distinção de ninguém, rogando por todos nós e jamais deixando de atender às nossas súplicas, quando estas são da vontade divina. A mesma Maria –, que nas Bodas de Caná apressou a hora de Jesus –, quer alcançar muitas graças para nós. Como o fez nessa festa matrimonial, quando o Senhor disse a Ela: “Que quereis de mim, mulher? A minha hora ainda não chegou” (João 2:4).

O mesmo Ela pode fazer por você diante das coisas que considera impossíveis. A Deus tudo é possível e com a intercessão de Nossa Senhora tudo se torna mais fácil, pois Ela recorre ao Senhor. A Virgem Maria quer ser também a advogada em sua vida. A intercessora do seu casamento, da sua casa, do seu trabalho, assim como o fez nas Bodas de Caná e em tantas outras ocasiões. Como Mãe, como Mulher, Ela vê nossas necessidades e as apresenta ao Filho.

Ela participou do início ao fim da missão de Jesus na terra, até da hora da morte d’Ele (confira João 19:25ss). Naquele momento, a descendência da mulher estava esmagando a cabeça da serpente, conforme aquilo que Deus havia dito à serpente:

“Porei ódio entre ti e a mulher; entre tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).

Foi pelo preciosíssimo sangue de Jesus, derramado em obediência ao Pai, que a cabeça da serpente, orgulhosa e soberba, foi esmagada. A vitória de Jesus e da Virgem Maria se deu naquele momento.

Deixe-a entrar em sua vida, em sua casa. Ela é a Bendita entre todas as mulheres. Onde Ela entra, entra Jesus.
Fonte:Monsenhor Jonas Abib


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

NÃO POSSO FAZER-ME DE JUIZ DO MEU IRMÃO

NÃO POSSO FAZER-ME DE JUIZ DO MEU IRMÃO

As aparências enganam. O comportamento de uma pessoa não diz de sua essência ou daquilo que, de fato, ela é. Por isso, todo julgamento é pecado. Só Deus tem o poder para julgar. É Ele que conhece o profundo das pessoas.
Quem julga o próximo está condenando a si próprio; pois quem julga o outro acaba fazendo coisa pior.
Não posso fazer-me de juiz do meu irmão. Acabo pegando um fato isolado de alguém, abrindo um processo, condenando, dando a sentença, até a morte. Não podemos parar nos fatos isolados dos nossos irmãos. Somos chamados a ser misericórdia de Deus para a vida do outro. “Não julgueis e não sereis julgados. Pois o mesmo julgamento com que julgardes os outros servirá para vós; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” (Mateus 7,1-3).
Assim como queremos que Deus não nos condene, também não podemos condenar o irmão por qualquer coisa que ele tenha feito, por pior que tenha sido, a Deus cabe o julgamento, “porque Deus não faz distinção de pessoas” (Romanos 2,11).
Deus sempre julga tudo do homem conforme sua justiça e amor. Ele não julga como nós julgamos ou entendemos ser julgamento. Não queiramos olhar para Deus com parâmetros humanos. Nossos pensamentos não são os pensamentos do Senhor.
Como já disse, somente Deus pode julgar, porque todos nós temos "culpa no cartório", o nosso julgamento precisa ser transformado em acolhimento, amor, alegria e justiça.
A justiça de Deus dá a vida a todos os homens. Justiça significa retribuir ao outro aquilo que lhe é devido. Por isso, a justiça de Deus precisa ultrapassar a nossa mentalidade e nos levar a uma mudança de coração para que tratemos o outro como verdadeiro filho de Deus.
Por causa do nosso julgamento, muitas vezes, estamos nos afastando de Deus e as pessoas de nós e de Deus. Porque se vermos uma pessoa diferente se aproximando e entrando na igreja, temos logo um juízo temerário e a condenamos, atribuímos muitas vezes coisas que aquela pessoa nem é – como, por exemplo, prostituta, ladrão etc, sem realmente ter conhecimento de sua vida ou passado.
Mas precisamos ser instrumentos de acolhimento como Jesus foi; levar a salvação que vem de Deus e do seu Evangelho.
Devemos levar os outros à compreensão de que a nossa salvação está unicamente em Jesus Cristo. Aderir ao Senhor pela força da nossa fé. Pois o Evangelho de Jesus tem a força de salvação e purificação: “Pois ele [Evangelho] é uma força vinda de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1,16b).”
Fonte:Padre Reinaldo

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A DOR NOS FAZ CRESCER


A DOR NOS FAZ CRESCER

Deixe o tempo passar e você verá que todas as coisas se resolvem

A dor nos ensina a mudar e a sermos melhores. Sim, é verdade, a dor nos faz crescer! A dor nos faz amadurecer e enxergar a vida e as pessoas de maneira diferente, de maneira nova e transformadora. Como isso é possível? Quando não ficamos presos ao sofrimento, mas usamos dele como um meio e uma oportunidade – dados por Deus – para sermos melhores e tirarmos algo bom dele.
Mergulhar na dor e ficar presos a ela não é bom nem positivo para nossa maturidade de cristãos, de filhos de Deus, de homens e mulheres que buscam uma vida nova em Cristo.

Que dor hoje você vive? A dor da separação? A dor da injustiça, da mentira, da calúnia? Ou será a dor da traição? Da perseguição? Do abandono? Ou a dor da falsidade, da perda de um filho, parente, amigo...? Seja qual for a dor por que está passando, saiba que você é capaz de superá-la e ser um vitorioso, uma vitoriosa diante desse fato ou acontecimento. Saiba também que Deus o ajudará a vencer e o justificará e lhe dará a vitória. Creia!

O importante nesta vida é não se deixar abalar nem desanimar, nem se entregar às provações, sofrimentos e dores dos momentos presentes da vida; mas confiar, rezar, acreditar em Deus e dar a volta por cima e recomeçar sempre.

A sua fé e a oração são forças poderosas para fazer de você uma guerreira, um guerreiro. Não se entregue à dor, isso é importante e fundamental para você superar, nem se revolte, e também não alimente a raiva, o ódio, a vingança, a tristeza, o ressentimento e a mágoa por aqueles que de alguma maneira e forma lhe causaram dor e o fizeram sofrer ou ainda o fazem sofrer. Esses sentimentos são ruins, são destruidores, nos fazem mal e nos derrotam.

Deixe o tempo passar e você verá que todas as coisas se resolvem e passam... Você aprenderá também que a dor nos ensina a mudar e a ser melhores. Seja qual for a sua dor, ela passará porque não é eterna. Mas o amor de Deus e seus cuidados são eternos por você e n'Ele você é mais que vencedor, você é mais que vencedora.

Você verá no final de tudo que cada momento da nossa vida, seja este bom ou ruim, serve para o nosso crescimento, nos aproxima de Deus e nos faz mais santos. E aqueles que nos feriram, nos machucaram ou nos causaram dor terão também a suas atitudes e vidas transformadoras – porque aprenderam de alguma forma, permitida por Deus –, que o que fizeram não foi bom e arrependidos mudaram também.

Deus espera de TODOS uma mudança, conversão e arrependimento diário. Faça a sua parte! Faça a diferença! Saiba que Deus muda tudo e muda para melhor.
Fonte:CN

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fuja das inquietações do coração

Fuja das inquietações do coração

Se perdermos a paz do coração, deveremos fazer tudo para recuperá-la. É importante saber que – por disposição do nosso Pai e Criador – nenhum acontecimento deste mundo é razão para que percamos ou turbemos a paz do nosso coração.

Sabendo que Deus está conosco, atravessaremos todas as tribulações com paz no coração e suportaremos, com a alma tranqüila, todas as amarguras e contrariedades desta vida.

Por isso, quando percebermos que alguma coisa começa a nos inquietar, não demoremos em tomar a arma da oração para a defesa. Uma garantia que temos contra as inquietações do coração é manter sempre a mente elevada para as coisas de Deus.

Peçamos, hoje, a Jesus, que nos conceda a graça de sermos homens e mulheres de paz.

Jesus, eu confio em Vós!

domingo, 23 de novembro de 2008

Como você faz as suas escolhas?

NOVENA DA MEDALHA MILAGROSA
N. S. DAS GRAÇAS
(link orações)
Como você faz as suas escolhas?

Cada dia é um novo dia. O que não deu certo ontem vai dar hoje. O que não podemos é desistir da vida e nem viver de qualquer jeito. Temos de fazer nossas escolhas todos os dias, porque esta é uma exigência da vida e, não podemos fazer escolhas erradas, porque teremos sérias conseqüências.

Só acertamos nas nossas escolhas, quando nos confiamos a Deus. "É feliz quem a Deus se confia" (Salmo 1). O mundo tem muitas propostas para nós e até vem com uma boa "embalagem" mas, se não soubermos discernir as conseqüências que virão, entraremos numa canoa furada.

Quando você for tomar qualquer decisão hoje, peça ao Espírito Santo que lhe mostre o melhor para a sua vida. Não tome nenhuma decisão sozinho; tome junto com o Espírito Santo. Sempre e em todo o momento confie em Deus.

Jesus, eu confio em Vós!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O perdão é caminho de cura




O perdão é caminho de cura

A base da nossa vida espiritual é o viver reconciliados, o pedir e dar perdão. Acho que é muito importante para você saber disso e tomar a peito esta realidade, porque a gente às vezes é levado a considerar o viver reconciliados, o dar e pedir perdão, como uma das coisas da vida fraterna, talvez até mesmo um acidente da vida fraterna, entre outras coisas eu também preciso me reconciliar, mas não. Pedir e dar perdão é fundamental, é caminho de cura e crescimento.

O viver reconciliado, pedir e dar perdão é a base da nossa vida espiritual. Nós podemos cair no engano de dizer que eu sou muito eu, eu sou divertido, eu sou alegre, eu me relaciono com todo mundo, todo mundo gosta de mim, ou ainda que não preciso de ninguém. Dificilmente, que pisou na bola comigo, acabou. Aquela pessoa no meu coraçao já fechou, não pisa duas vezes na bola não, é uma vez só. Eu continuo vivendo, eu continuo divertido, eu continuo me dando com todo mundo, mas eu já sequei no coração aqueles que me feriram. Pode ser que hoje eu sequei um, amanhã eu sequei outro e depois eu sequei outro.

Acredite, a coisa é assim, é como na ligação de lâmpadas, a ligação é em paralela, onde você liga o pólo positivo de uma lâmpada ao pólo de uma outra lâmpada e assim pra frente, de modo que a energia corre entre todas as lâmpadas a ligação paralela. É uma boa forma de fazer ligação de fuzil. Mas se uma das lâmpadas se queima, está rachada, apagam todas. Deus faz ligação em paralela, você tem a impressão de que se você está mal com uma pessoa do grupo, você continua comunitário de bem com todo mundo, na verdade não é. Você cortou a fraternidade na sua vida, então a gente corre grande risco de desentender, de viver reconciliado, ficar com mágoas no coração, adoecer.
Enquanto que a verdade é esta: a base da nossa vida espiritual é viver reconciliado, pedir e dar perdão. Deus nos convida hoje ao perdão. Você aceita?

Fonte:Monsenhor


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Medo de quê?



Medo de quê?

O grande mal do nosso século é a hipocondria (mania de doença). Muitas pessoas vivem com medo de ficar doentes. Qualquer dor que sentem, já ficam apavoradas pensando logo ser algo grave. E se o médico pede algum exame específico, a pessoa já imagina o diagnóstico: "estou com câncer, vou morrer..." A nossa geração é abençoada e sempre será abençoada. Deus não criou a morte nem a doença. Não podemos nos deixar dominar pelo medo.

"Deus criou o homem para ser incorruptível e o fez imagem daquilo que lhe é próprio. Mas, pela inveja do diabo a morte entrou no mundo"(Sab 2,23).

A Palavra de Deus nos diz que pela inveja do diabo a morte, a doença, a desgraça, a miséria, o sofrimento e a dor entraram no mundo. Deus criou o homem para ser imortal, incorruptível, saudável.

A arma que o demônio mais usa para atormentar os filhos de Deus é o medo: medo do futuro, medo de morrer, medo de traição, medo da calúnia, medo da velhice, medo de perder os pais, medo do desemprego... medo!

Neste dia, Deus nos exorta a renunciar qualquer tipo de medo. Peçamos a Ele a graça da coragem na fé.

Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O amor não se define, vive-se

O amor não se define, vive-se

Todos nós devemos satisfazer nossos débitos para com os outros. Há um débito, contudo, que não pode ser saldado, que não se pode pagar de uma vez por todas ou a prazo fixo. É o débito do amor, que renasce continuamente em qualquer ocasião. De fato, o dever do amor ao próximo nos acompanha por toda parte e por toda a vida.

"Irmãos, não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei" (Rm 13,8.10).

A essência de tudo é o amor; ele não se define, vive-se. O importante é amar, e amar sem impor condições.

Peçamos ao Senhor, neste dia, a graça de amarmos incondicionalmente.

Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso; fazei-nos viver o amor e a reconciliação.

JESUS, eu confio em Vós!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A confiança em Deus é a arma da Vitória



A confiança em Deus é a arma da Vitória

Precisamos acreditar no auxílio eficaz do Espírito Santo na nossa vida. Quando passamos por dificuldades, a primeira coisa que fazemos é contar para as pessoas, ficamos angustiados, às vezes murmuramos, nos aterrorizamos, mas esquecemos de buscar o nosso socorro no Senhor, que combate por nós e que está sempre ao nosso lado, mesmo quando não nos apercebemos da sua presença.

Durante a caminhada do povo de Israel no deserto, foram muitas as provas, mas o Senhor caminhava com o seu povo.

"Moisés disse ao povo: Não temais! Permanecei firmes, e vereis o que o Senhor fará hoje para vos salvar; os egípcios que hoje estais vendo, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor combaterá por vós, e vós, ficai tranqüilos" (Ex 14,13-14).

Na situação em que encontramo-nos hoje, confiemos no Senhor, porque Ele combaterá por nós, e a vitória é certa. O segredo está em confiar, mesmo sem ver nada.

Jesus, eu confio em vós

terça-feira, 11 de novembro de 2008

HUMILDADE

HUMILDADE
Virtude que nos garante a vitória

A vida sempre ensina, àqueles que se deixam formar por ela, que a humildade é uma virtude que caminha de mãos dadas com a vitória, pois, todos aqueles, que pretensiosamente engrandecem a si próprios, fechando-se às suas próprias fraquezas e limitações, acabam experienciando derrotas e dissabores.

O time, a pessoa, a empresa que se crêem invencíveis e invulneráveis, e que não valorizam a força e as qualidades dos demais, caminham acertadamente para a ruína.

É impossível que exista alguém que seja perfeito em tudo, todos temos defeitos. Quem se enche de orgulho, fechando-se ao aspecto das próprias imperfeições, julgando-se perfeito e vendendo a outros esta imagem, caminha ausente de si mesmo, pois, a verdade que expressa é irreal. Utiliza-se de uma máscara que oculta aquilo que realmente é.

É sabedoria reconhecer-se fraco e limitado, pois, somente assim será possível trabalhar as próprias fraquezas fortalecendo-as gradativamente. Também o é reconhecer as virtudes alheias e aprender com elas.

Os outros têm muito a nos ensinar, e quem não desperdiça a graça de aprender, amadurece significativamente em tudo o que faz.

Quem é humilde reconhece o que tem de bom no outro, cresce com ele, valoriza-o e lhe dá a oportunidade de também ser bom.

O típico orgulhoso é aquele que acredita que somente o que ele faz é bom, e que nos outros a bondade está ausente.

Ter humildade significa não exigir da vida respostas prontas e imediatas para tudo, mas saber acolher o mistério que vai nos formando no cotidiano, nas lutas ordinárias, mesmo quando esta não nos responde...

Aqueles que são muito "seguros" e cheios de si, que crêem não precisar de ninguém e que não conseguem depender do outro em nada, perdem de vista a realidade que tece a vitória na história de qualquer um: a humildade de reconhecer-se na própria verdade e de lutar a partir dela, desprezando a ilusão e assumindo o real.

Humildade é sabedoria, é ser gente, é deixar-se ajudar, é saber respeitar, é dar espaço para amar e ser amado, para encontrar e ser encontrado. Aprendamos com esta virtude, construindo no concreto da vida a vitória que somente ela pode nos garantir.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Perdão, uma atitude necessária


Perdão, uma atitude necessária
Infelizmente temos o mau hábito de acumular mágoas e ressentimentos


Perdoar é uma atitude e não uma questão de sentimento. Muitas vezes ficamos presos aos sentimentos. Queremos sentir, ou melhor, queremos deixar de sentir a dor que ficou em nosso coração com a atitude que nos feriu. O perdão é antes de tudo um ato de decisão, uma escolha. Começa com a atitude que nasce da decisão de perdoar, e somente depois é que os sentimentos se modificam. E mesmo assim, para que isso aconteça, muitas vezes é necessário tempo. Monsenhor Jonas Abib nos fala assim: “Perdoar é ato de vontade e não um simples sentimento. Temos o livre-arbítrio de escolher entre perdoar ou guardar entulhos no coração. A decisão é nossa. Somente com o perdão conseguimos harmonia em nosso coração”.
Quando falamos em perdão, quase que imediatamente se faz uma ligação com a dificuldade que encontramos para dar ou receber perdão. Infelizmente temos o mau hábito de, ao longo de nossa vida, ir acumulando mágoas e ressentimentos. Em geral, temos facilidade de nos ofender com as atitudes que não compreendemos do outro. No entanto, a falta de perdão, a mágoa, o ressentimento, só trazem prejuízos para nós e para o outro, prejuízos inclusive em nossa saúde física e mental. A falta de perdão causa amargura em nosso coração, tira a alegria de viver.
Hoje, quero trazer para nossa reflexão pesquisas para que possamos refletir sobre outro aspecto do perdão que pouco é falado, que são os benefícios que podemos alcançar através dessa atitude.
Em 2004, Charlotte Van Oyen Witvliet, professora de psicologia do Hope College, em Michigan, EUA, liderou uma experiência com 71 voluntários. A experiência constava do pedido que os voluntários se lembrassem de alguma ferida antiga, algo que os tivesse feito sofrer. Nesse instante, foi registrado o aumento da pressão sanguínea, dos batimentos cardíacos e da tensão muscular, reações idênticas às que ocorrem quando as pessoas sentem raiva. Depois foi pedido que eles se imaginassem entendendo e perdoando as pessoas que haviam feito mal a eles. O resultado foi que as pessoas se mostraram mais calmas, e com a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos menores.
Outra experiência que podemos citar é a do Dr. Fred Luskin, que 1999 criou um projeto para a Universidade de Stanford (EUA) para uma pesquisa sobre o perdão. A pesquisa estudou o impacto das emoções negativas, como a raiva, a mágoa e o ressentimento no sistema cardíaco. Os primeiros resultados indicaram que [ao conceder e pedir perdão] os participantes apresentavam redução do nível de estresse, viam-se menos irados e mais confiantes. Além disso, o estudo mostrou que o perdão pode promover uma melhora na saúde física, pois esse grupo de pessoas apresentou uma diminuição significante em sintomas como dores no peito, na coluna, náuseas, dores de cabeça, insônia e perda de apetite.
Luskin e Thoresen afirmaram que essa melhora psicológica e física persistiu pelo menos por quatro meses; em alguns casos, ao longo desses quatro meses, a melhora continuou a progredir.
Podemos concluir, portanto, que não podemos parar na dificuldade em perdoar. Essa é uma cultura que existe entre nós e que precisamos mudar. Precisamos ensinar aos nossos filhos que perdoar, além de ser uma ordem divina para nós, traz inúmeros benefícios para a nossa saúde física e mental. Se aprendermos a perdoar podemos alcançar com mais facilidade equilíbrio em nossa saúde geral. Só não podemos nos esquecer de que o perdão não está relacionado com a mudança do outro ou com o deixar que o outro faça o que quiser, pois não quer dizer impunidade.
Perdoar é um processo pelo qual o novo se faz possível na nossa vida e na vida do outro. Perdão está relacionado à vida, à vida plena; está relacionado ao amor, e amor verdadeiro. Perdoar é amar apesar de tudo, é a vitória do amor sobre o ódio. É por isso que perdoar é fonte de cura e de saúde física e mental. Abramos o nosso coração e nossa alma para o perdão. O convite de hoje é para nos decidirmos pela vida, pelo amor, pelo perdão.


Fonte:
Manuela - Missionária da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia, com especialização em Logoterapia e MBA em Gestão de Recursos Humanos

domingo, 9 de novembro de 2008

Vire a página

Vire a página

Lembro-me do meu primeiro caderno, de como era feio. Descobri que era pobre quando fui à escola e vi que minha caixa de lápis de cor tinha 12 lápis e a do meu amiguinho do lado tinha 36. Lembro-me que o único luxo que meu pai me deu, foi uma merendeira com formato de elefante.

Meu primeiro dia de aula foi terrível, eu tremia como 'vara verde' e a dona Rosângela, minha primeira professora que era a melhor da época, cuidou de mim. Naquele momento, diante de toda a situação, eu sentei, dobrei minhas pernas e fiz xixi nas calças. A professora ao perceber, disse que eu teria que ir para casa. No segundo dia aconteceu a mesma coisa, e assim também no terceiro. Eu até já ficava feliz porque sabia que teria que voltar para casa.

Mas, neste terceiro dia fui surpreendido. Ao fazer o xixi nas calças a professora disse que eu não iria para casa, pois minha mãe tinha dado uma cueca reserva caso acontecesse de novo.
O momento da escola para mim era terrível, e eu queria fugir do sofrimento, não queria enfrentá-lo. Na escola eu tinha pavor de matemática por que eu a encarava como maior que eu. Quando tinha medo de alguma coisa, eu não a enfrentava. E quanto mais não enfrentava, mais medo tinha daquilo.

Se existe alguma coisa que lhe mete medo, respeita, mas não deixe que o medo se torne determinante, por que senão você será eternamente prisioneiro deste medo. Muitas vezes o nosso sofrimento é duplicado dentro de nós por que nos entregamos à experiência do medo, e não devemos ter medo, devemos enfrentá-lo. Se diante do sofrimento eu não o enfrentar, ficarei agarrado à saia da mãe eternamente.

Seja honesto com os medos que você sente. Seja honesto com aquilo que merece a sua atenção. Você pode estar perdendo tempo na vida por que está dando atenção àquilo que não merece. A nossa vida às vezes está uma bagunça danada por que não a pontuamos direito, e acaba sendo como um texto mal pontuado que não pode ser bem compreendido. A nossa vida deve ser bem pontuada.

Uma "exclamação" no nosso rosto faz falta. Quantas brigas surgem por pessoas que não conseguem pôr uma exclamação na cara? Nós temos o direito de ter nossos momentos de baixa, mas não podemos nos deixar dominar por estes momentos, devemos nos colocar cheios de esperança mesmo diante dos sofrimentos que estão diante de nós! Muitos sofrimentos da nossa vida teriam sido evitados, solucionados, se a gente tivesse perguntado antes, se tivéssemos conversado antes com as pessoas que estão à nossa volta.

O sofrimento muitas vezes só vai embora no momento em que chegam pessoas em nossas vidas. Às vezes o que falta nos relacionamentos é a capacidade de perceber o outro. Nossa capacidade de perceber o outro está tão prejudicada por vivermos na pressa, que não percebemos as pessoas. Nós vivemos na pressa e nossa vida vai ficando vazia.

'Talvez você precise "virar a página"! ', diz Padre Fábio
Quanto sofrimento se estende em nossas vidas porque não sabemos pôr um ponto final nas coisas? Temos que ter a coragem de pôr este ponto final em muitas coisas em nossas vidas. Por exemplo: nos vícios. Conheci um rapaz que com 38 anos estava morrendo de câncer por que não soube pôr um ponto final em seu vicio. Deixou seus filhos e esposa, pois fumou desde os 12 anos.

Se eu matar a minha saúde, se me matar antes do tempo não for pecado, então eu não sei mais o que é pecado. O interesse das indústrias é que tenham cada vez mais viciados, pois um viciado não tem controle. O sofrimento humano esta sendo gerado a partir do momento em que os vícios crescem você tem que ter coragem de jogar fora estas pequenas doses de morte que você coloca em sua própria vida.

Padre Léo uma vez me dizia: “Meu filho, eu nunca pedi a Deus que me curasse do meu câncer, por que seria muito injusto eu plantar limão e querer colher outra coisa. Eu fumei a vida inteira. Então, eu peço a Ele que me ensine a morrer do jeito certo”. Se eu não faço minha parte, eu me pergunto: será que é honesto eu pedir que Deus faça a parte Dele, se eu não faço a minha? Ele já fez a parte Dele nos dando a vida, precisamos fazer a nossa parte!

Há enfermidades que não buscamos, mas há tantas outras que a gente costura, que a gente busca. Como terei saúde boa se não tiver uma boa alimentação? Como é que terei saúde espiritual se eu não busco coisas boas? Um dia eu aprendi muitas lições na escola, mas hoje vejo que tudo aquilo que aprendi também é Evangelho. Deus pode, e eu tenho que poder com Ele, tome uma atitude a partir de hoje.

Deus é dinâmico e precisamos ser também. Olha quanta coisa perdemos na nossa vida por que somos lerdos. Se nós entrarmos no dinamismo da graça, ninguém nos segura! Vá à mesma velocidade que Deus está! Ele não perde tempo, Ele ama a toda hora. Se você tem que perdoar, perdoe hoje! Tenha pressa de ser feliz, pois não sabemos quanto tempo nos resta. Tenha pressa de se reconciliar com as pessoas que você ama, tenha pressa em fazer uma atividade física, tenha pressa em amar, tenha pressa em querer a vida, pois não sabemos quanto tempo ainda temos.

Onde será o ponto final, a vírgula, o ponto de interrogação ou de exclamação que você deve colocar em sua vida?

Talvez você precise "virar a página"!


Deixe que Deus fale ao seu coração, para que você saiba o que realmente deve fazer em sua vida
Fonte: Acampamento Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Reconciliação...Um caminho para amar

Reconciliação...Um caminho para amar

São João Maria Vianney, o cura D’Ars, tinha um carisma muito especial no Sacramento da Confissão. Era um grande confessor.

Conta-se que uma senhora, que se confessava com ele, todas as vezes dizia o mesmo pecado: falava mal das pessoas. Ele a aconselhava, lhe dava penitência e absolvição. Mas, como ela voltou a confessar tantas vezes o mesmo pecado, um dia, ele lhe deu uma penitência especial: "Hoje a senhora pegará uma galinha viva e sairá pela cidade depenando-a e jogando as penas pela cidade".

A mulher ficou envergonhada, mas como era penitência, fez o que o padre lhe pediu. Todos acharam muito estranha a atitude dela, andando pela cidade e depenando a galinha, muitos pensaram que ela havia enlouquecido.

Depois que terminou, ela voltou à casa de São João Maria Vianney e mostrou-lhe a galinha depenada. Ele, então, lhe disse: "Ótimo, a senhora fez a primeira parte da penitência. A segunda é a seguinte: volte e reúna todas as penas".

É impossível juntar as penas! Mais ainda, recolocá-las. Depois que você falou mal de alguém, e até o difamou, não dá mais para reconstruir a imagem desta pessoa. Mesmo que o irmão tenha errado, ele é “santo” porque pertence ao senhor, foi Ele quem o escolheu. Santo quer dizer “escolhido”. Não duvide: o Senhor escolheu um por um de nossos irmãos. Eles são santos, são intocáveis. Não pertencem a nós: pertencem ao Senhor. Não somos seus juízes: o juiz deles é unicamente o Senhor. A nós cabe somente a misericórdia. Jesus os resgatou ao preço do sangue d’Ele.

Depois que você "jogou pelos ares" a eleição do irmão, não dá mais para ajuntar as "penas". Temos, infelizmente, agido dessa maneira na Igreja, na comunidade, em nosso grupo de oração... Esse, porém, não é o procedimento coerente de pessoas que têm o Espírito Santo, que receberam os dons e foram batizadas n’Ele.

É preciso mudar de vida. Não pode se dizer batizado no Espírito quem procede assim, porque o Espírito Santo de Deus é amor. Ele é misericórdia e perdão.

Todos nós temos falhas e defeitos. Mas não se pode jogar no lixo a honra, o nome, o chamado, a eleição e a escolha do irmão. Não se pode fixar o olhar somente nos erros e defeitos dele. Ainda mais quando esse irmão é nosso companheiro de caminhada, companheiro de batalha.
Estamos no mesmo combate. Na mesma "tropa de elite". E não estamos prontos. Todos estamos em fase de "treinamento". O Senhor está nos "adestrando" para sermos seus valentes guerreiros.

Temos de mudar nossa vida para que possamos dar à Igreja a contribuição de que ela precisa. (...)

"Não tenhais nenhuma dívida para com quem quer que seja, a não ser a de vos amardes uns aos outros; pois aquele que ama o seu próximo cumpriu plenamente a lei" (Rm 13:8).
(Retirado do Livro


"Combatentes no amor" de Monsenhor Jonas Abib)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A fé de expectativa


A fé de expectativa

A fé é um dom por excelência, tão importante quanto o dom maior, que é o amor, do qual Paulo fala na Primeira Epístola aos Coríntios 13. É o dom da fé carismática. Chama-se fé carismática, porque é um dom de real expectativa: ele não me faz apenas acreditar em algo; faz com que eu acredite e espere que aconteça.

Fé e esperança estão muito ligadas. A fé de expectativa nos leva à esperança, cria todo um comportamento. É isso que o Espírito Santo suscita em nós: atitudes novas.

O Senhor quer mudar nossas atitudes, Ele quer dar a nós a fé de expectativa, fé de quem espera que cada um dos dons se realize. A fé carismática sustenta todos os demais dons. O Espírito Santo quer nos dar o dom carismático da fé, o dom de expectativa que muda a nossa mente, que muda as nossas atitudes.

Devemos viver pela fé e não apenas pelo raciocínio, por isso, o dom carismático da fé é tão precioso! Infelizmente, derrubamos com palavras aquilo que acreditamos. Muitas vezes, oramos ao Senhor com fé, mas depois dizemos palavras que destroem tudo. Palavras negativas, palavras de murmuração, palavras de quem não acredita.

Precisamos cooperar com o dom da fé, não somos mais crianças para nos deixar levar ao sabor das situações. Não, pelo contrário, o Senhor precisa que sejamos homens e mulheres de fé.

Monsenhor Jonas Abib

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esvaziar-se de si mesmo


Esvaziar-se de si mesmo

Você pode ter tentado vários meios para mudar o seu temperamento, pode até ter buscado a ajuda psicológica. Pode não ter encontrado os resultados que gostaria.
Faltou para você a consciência de que a adoração eucarística realiza esta obra porque devolvemos ao Senhor os direitos que Ele tem sobre a nossa vida, nossa pessoa e nossa história.

Na adoração não mais me ocupo de mim mesmo, dos meus conflitos interiores, das minhas feridas, das minhas mágoas e dos meus problemas; mas, ao contrário, busco estar com os olhos fixos somente para meu Deus. Não me lembro mais de mim mesmo porque Deus me tomou totalmente, porque unicamente Ele é importante para mim. Ele é o meu Senhor, o meu Salvador. O interessante é que, esquecendo-me de mim mesmo, torno-me presente para mim mesmo, torno-me verdadeiro, totalmente eu mesmo com tudo aquilo que está dentro do meu interior. Diante do Senhor não preciso de máscaras. Os problemas e os homens não mais me interessam porque Deus me preenche completamente. Na adoração está presente o desejo profundo de finalmente libertar-me de mim mesmo, de libertar-me das ocupações constantes comigo mesmo e da ânsia de ver tudo diferente, até mesmo esqueço a luta para querer mudar.

Esquecendo-me de mim mesmo, torno-me plenamente livre, mas preso às mãos de Deus para que Ele realize a obra de que eu preciso. Ele me conhece. Agora, nada mais tem importância. Os meus problemas, a minha culpa, o meu estado psíquico não possuem mais importância. Somente Deus conta.

Monsenhor Jonas Abid

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Amor: processo de continuidade


Amor: processo de continuidade

Sempre que escutamos a Palavra do Senhor, por aquilo que Deus é, podemos ter um pouco de dificuldade, mas a Palavra do Senhor tem força. A palavra do outro pode passar pela falsidade, mas a Palavra de Deus não, pois é o Caminho. É como ir a um lugar sem ter um caminho a seguir, caso contrário, nos perderemos.

Se quiser ser de Deus, terá que viver as duas vias do Senhor: ‘Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo’.
O que você entende por esta palavra 'amor'?

É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca. Os poetas sempre tentaram decifrar o amor, mas nunca conseguiram. Assim como Luiz de Camões em seu poema: ‘O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer’. O amor não se poetiza. Quantas vezes sentimos o amor e não sabemos onde realmente dói? O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.

Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, as que não damos valor, e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar? Como posso descobrir este convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, lhe proponho que acabe com os 'achismos' do amor. Por muitas vezes, em nome do amor, nós fazemos absurdos: seqüestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor.

O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que o amor tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro que nos motiva a sermos melhores. É o amor com suas clarezas e suas confusões.

Hoje tem um jeito comum de trazer o que você tem de mais precário em sua vida e dar ao outro. Muitas vezes em nome do amor tratamos as pessoas como ‘coisas’.

Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos que entrar como Deus, agregando valores. Caso contrário é melhor que eu fique de fora, porque você é um território que merece respeito.

Essa Palavra de Deus é comprometedora. É fazer as pessoas amarem a Jesus pelo seu testemunho, a partir do momento em que você permite transmiti-lo, nesta realidade do dia-a-dia, ao acordar e dormir.

Na passagem da sarça ardente (Ex 3,2ss ) Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos, e se estamos esgotados é porque amamos ‘de menos’. Vamos ficando sem o vigor, mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro. Amar o outro é levar prejuízo. Quantas vezes você passou noites inteiras acordadas pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor.

'Você precisa redescobrir a graça de se amar'
Você vai saber o que é amor quando você se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados pelo filho, mas não de amá-lo.

Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas em sua busca correndo atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Está todo mundo querendo saber o que é o amor, e todos precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado.

Quando alguém nos ama com um amor estragado, só se percebe em longo prazo. Como comer uma comida podre que vai dar um problema sério no futuro. Aquele desaforo, aquela traição, aquela mentira e o que você fez com tudo aquilo? Como aquilo repercutiu em você? Aquela experiência ruim que sofreu, onde está?

Quando digo que amo a Deus, estou dizendo no avesso desta frase que amo a mim também. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si próprio, pelo respeito por si mesmo. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história.

Deus nos quer cuidados. Você precisa redescobrir a graça de se amar. Quanto você se ama? O que você ainda espera de você mesmo? Como você ainda se cuida? O quanto você ama a Deus? O que você faz por Ele? Quanto do seu tempo dedica a Ele? As mesmas respostas das primeiras perguntas valem para as segundas. O tempo em que você se dedica a Deus, dedica a você mesmo; pois a obra que Ele quer restaurada é você.

‘Se quiser entrar em minha vida retira as sandálias, pois esse solo é santo’. O amor que tenho a meu Deus é um amor a mim mesmo. Deus quer ser glorificado através de mim. Não haverá a possibilidade de sermos santos se não retirarmos de nós as 'podridões'. Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as carrega até o dia de hoje.

O alvo deste acampamento, não é o amor que você tem a Deus, mas é o amor que você tem a você mesmo, que é determinante para saber a sacralidade do outro. A gênese da nossa capacidade de amar o outro, está na incapacidade de não me amar. A conversão é um movimento contrário, para amar a si mesmo. É impossível uma pessoa que se ama se drogar, ou deixar uma outra pessoa jogar para dentro de si uma substância letal. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo, se ainda não me amo?

Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos irão agradecer por você se amar. Quando o amor nos atinge, seremos mais felizes. Vamos experimentar da graça e dar a graça ao outro também. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. O amor a Deus e ao próximo é um amor a si mesmo. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim.
Volte a gostar de você!

Acampamento Padre Fábio

domingo, 2 de novembro de 2008

"Finados ou “Começados”?




Fantástico este dias de memória, saudade e solidariedade que levam milhares de pessoas aos cemitérios para rezar pelos mortos. Só o nome deste dia é que me incomoda um pouco: “finados”. A morte não é o “fim” para aquele que tem fé. Longe disso, é um novo começo. É como se, finalmente, tivesse terminado a nossa gestação no útero da história e no dia da morte fôssemos paridos para a eternidade. A morte é um parto. É o nascimento definitivo. Por isso, podemos celebrar neste dia 02 de novembro o DIA DOS COMEÇADOS!!!
Quando nascemos temos que chorar para aprender a respirar. Ao nosso redor todos fazem festa. Na morte é diferente. Os que amamos, ao nosso redor choram. Nós, ao contrário, faremos festa pois teremos a certeza da vida que não terminará jamais. Nem precisaremos mais fé. Viveremos da certeza eterna. Quero ver a cara dos santos ateus quando pasarem para o lado de lá do rio. Quero procurar alguns deles e perguntar: e aí… o que me diz agora? existe ou não existe?
Este grande começo é um dia para o qual devemos nos preparar diariamente. Cada dia pode ser o último. Hoje tive a notícia do falecimento do irmão de meu cunhado. Estas notícias sempre nos fazem parar, respirar fundo e pensar em nossa própria morte. Esta é uma das poucas certezas que temos na vida.
Um dia será a nossa vez.
Ahhh mais uma coisa… chorar ou não, eis a questão. Chore sim. Não seja forte demais no momento da dor da perda. Jesus também chorou quando seu amigo morreu.Maria chorou ao pé da cruz.
Chore com fé… se quiser até brigue com Deus… mas creia que ver a terra lá do céu será totalmente diferente do ver o céu aqui de baixo.
Amém!
PE. Joalzinho