terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esvaziar-se de si mesmo


Esvaziar-se de si mesmo

Você pode ter tentado vários meios para mudar o seu temperamento, pode até ter buscado a ajuda psicológica. Pode não ter encontrado os resultados que gostaria.
Faltou para você a consciência de que a adoração eucarística realiza esta obra porque devolvemos ao Senhor os direitos que Ele tem sobre a nossa vida, nossa pessoa e nossa história.

Na adoração não mais me ocupo de mim mesmo, dos meus conflitos interiores, das minhas feridas, das minhas mágoas e dos meus problemas; mas, ao contrário, busco estar com os olhos fixos somente para meu Deus. Não me lembro mais de mim mesmo porque Deus me tomou totalmente, porque unicamente Ele é importante para mim. Ele é o meu Senhor, o meu Salvador. O interessante é que, esquecendo-me de mim mesmo, torno-me presente para mim mesmo, torno-me verdadeiro, totalmente eu mesmo com tudo aquilo que está dentro do meu interior. Diante do Senhor não preciso de máscaras. Os problemas e os homens não mais me interessam porque Deus me preenche completamente. Na adoração está presente o desejo profundo de finalmente libertar-me de mim mesmo, de libertar-me das ocupações constantes comigo mesmo e da ânsia de ver tudo diferente, até mesmo esqueço a luta para querer mudar.

Esquecendo-me de mim mesmo, torno-me plenamente livre, mas preso às mãos de Deus para que Ele realize a obra de que eu preciso. Ele me conhece. Agora, nada mais tem importância. Os meus problemas, a minha culpa, o meu estado psíquico não possuem mais importância. Somente Deus conta.

Monsenhor Jonas Abid